Conto: Na Floresta Escura - Capítulo 6

Capítulo 6 - Sangue na Escuridão

Vaughan estava furioso. Fora enganado pela jovem. Mas não tinha medo. Tinha motivo para tal, mas não tinha medo. Suas experiências de guerra já o fizeram ver muitas coisas mais terríveis, então, não havia porque temer. Se deixou então, dominar pela fúria dos guerreiros. Segurava sua espada com tanta força que ela mais parecia uma extensão do seu braço do que uma arma em si. Sem olhar para seus companheiros de batalha, posicionados ao seu lado, falou:

-Sejam como o trovão na mais terrível tempestade. Alimentem o medo nesta criatura.

O guerreiro deu o primeiro passo em direção ao enorme monstro. Foi acompanhado por seus amigos. Correram sem temer. Ariosto gritava liberando sua fúria. Sabia que o monstro não ia durar. Quando correram, a enorme besta partiu ao seu encontro abrindo sua boca. Seus dentes eram como espadas rústicas. Mergulhou sua cabeça em direção a seu alimento e quando ia atingir os quatro, se esquivaram, indo cada um para um lado. Antes de se afastarem, todos tentaram, enquanto se esquivavam da mordida, acertar o monstro com suas armas, tendo apenas Lamar e sua espada de 2 metros obtido sucesso com um corte não muito profundo. A fera se levantou e projetou seu corpo para cima de Wallace, que imediatamente sacou sua outra espada. Ele as girava no ar. Se a raposa o atingisse, certamente acabaria se machucando. Vaughan se aproveitou deste momento de distração da fera e correu em sua direção. Quando bem próximo ele pulou no ar e com as duas mãos levou a espada sbre sua cabeça. A lâmina voava ao encontro da barriga da criatura, onde mergulhou. O grito do monstro foi tão terrível que fez muitas aves sairem de seus ninhos soturnos. Quando o monstro virou a cabeça para tirar Vaughan de perto de si, Wallace, girando suas espadas,  foi em direção a seu pescoço, destruindo-o na parte externa. Ela cambaleou. Lamar se posicionou sob seu coração e sua espada, novamente, subiu de encontro ao interior do corpo da besta. Ela continuava sua dança cambaleante, sofrida. Até que caiu. Seu peso fez o chão tremer. Seu sangue, presente também agora nos guerreiros, corria pelo chão. Estava morta, tão rápida e brutalmente.

Os quatro pararam ao redor do monstro. Estavam um pouco cansados. Vaughan virou seu rosto ara perto das árvores. Lá estava a jovem, tentadora. Em choque. Chorava torrencialmente. Aterrorizada. Sabia que, pelo olhar de Vaughan, não voltaria mais a ver o lago.

Continua...