A volta triunfal do Capitão 7 em Alfa

O primeiro super-herói dos quadrinhos foi criado em 1908 na revista O Tico Tico, era o Príncipe Oscar de Gustavo Barroso, e só foi recentemente redescoberto por pesquisadores da área. Porém, foi em 1954, que a moda de super-herói brasileiro chegou à TV, com o seriado Capitão 7 na Record "enfrentando" a audiência do Falcão Negro da TV Tupi, que estreara no mesmo ano. É uma pena que as videotapes desse clássico tenham sido perdidas em um incêndio na emissora Record, e que os primeiros episódios fossem transmitidos ao vivo, restando apenas fotos para registro Histórico.
Quem imaginaria, que muitas décadas atrás tínhamos duas empresas concorrendo com super-heróis nas telas, bem antes da Marvel Comics do Homem-Aranha e Vingadores existir, e da Warner Bros. comprar a DC Comics de Batman e Superman.

E se você quiser pode destacar que o Capitão 7 foi produzido por 12 anos, com aproximadamente 500 episódios exibidos, o que dá 380 a mais que o Batman da década de 60 - um sucesso da TV até hoje lembrado - mas que teve 120 episódios e durou 3 anos.

Capitão 7 é um super-herói brasileiro que é oriundo da RecordTV (como série de TV) e posteriormente reformulado em hagaquês. Criado em 1954 na TV Record por Rubem Biáfora e tendo o ator mineiro Ayres Campos (que na época tinha físico de atleta) como protagonista, ficou no ar até 1966 (12 anos). O programa estreou em 24 de setembro de 1954. A princípio, o seriado era realizado ao vivo e depois de um certo tempo gravado.

O número "7" é uma alusão ao canal onde a emissora pode ser sintonizada em São Paulo.

O primeiro super-herói brasileiro da televisão, também se tornou o mais famoso da época, superando os similares norte-americanos, ao ponto em que os meninos do país brincavam nas ruas - que não eram tão violentas e ainda seguras o suficiente para abrigar crianças - de ser o Capitão 7 e as meninas de ser sua namorada - a também heroína, Silvana.

Por causa do sucesso do herói entre seu público infantil, foi criado um Clube, apoiado pelo personagem e patrocinado pela Vigor - o que o torna o primeiro personagem de hagaquês nacionais a ser licenciado  - que incentivava crianças e jovens a manter um corpo sadio, ter amor aos estudos e não agir com violência. Para se associar ao Clube do Capitão 7 os fãs tinham que juntar dez tampinhas do leite Vigor que, nessa época, era vendido em garrafas de vidro e levá-las na sede do Clube. A entrega do honroso diploma e carteirinha era feita aos emocionados sócios em uma cerimônia que contava com a presença do próprio herói. Desbancou sem a menor cerimônia o "Falcão Negro", e deixando a léguas de popularidade seus sucessores, o "Capitão Furacão", da TV Globo, o "Capitão Estrela" e "Capitão Aza", da Tupi carioca e o “Capitão Arco-Íris” da TV Gazeta.

No começo, o Capitão 7 era exibido todas as segundas, quartas e sextas-feiras, às 19h. Com o aumento da audiência e os pedidos dos telespectadores o programa passou a ser diário e um pouco mais longo, com duração entre 30 e 40 minutos.
Com a tecnologia do videoteipe surgida em 1959, o programa passou a exibir episódios gravados, o que melhorou as cenas de ação - que eram boas para a época.

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Serie de tv do Capitão 7

Alguns episódios da série:

A cidade Perdida
A Deusa do Sol
O Reino do Terror
A Pedra Sagrada
A Máscara Diabólica
O Dragão Negro
O Punhal de Prata
Os Vingadores
A Destruição da Terra
O Ás de Espadas
O Mistério de Klebir
Os Sete Guerreiros
O Tesouro Espanhol
O Rei do Terror
O Mistério das Jóias

Hino do Herói

"Chegou o Capitão Sete
Pra defender o bem
Chegou o Capitão Sete
Valente como ninguém."

"Vim pra defender a justiça
E a liberdade
O mal não pode vencer o trabalho e a honestidade."

"Agora é a hora do nosso herói chegar
Capitão Sete vem aí
Valente como ele
Eu nunca vi."
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Uniforme alternativo

"Vim para defender a justiça e a liberdade, o mal não pode vencer o trabalho e a honestidade."

Origem

Quando criança, Carlos foi levado por alienígenas ao Sétimo Planeta (daí seu codinome), onde cresceu aprimorando corpo e mente. Já adulto, retornou à Terra. Em sua identidade civil, Carlos é um brilhante químico. Quando a situação exige a presença de um herói, ele se transforma no Capitão 7.

Versão em Quadrinhos

A versão em quadrinhos ou quadro ao vivo do Capitão 7 teve início em 1959 pela editora Continental/Outubro. Sendo recriado por Jayme Cortez, e tendo um time de peso desse mercado na época; com ilustrações dos grandes desenhistas; Júlio Shimamoto, Getúlio Delphin, Juarez Odilon, entre outros. Com roteiros de Helena Fonseca, Hélio Porto e Gedeone Malagola.

Durou cerca de 54 edições, até 1964. A diferença entre a série de TV e a revista em quadrinhos é que, no papel, ao contrário da TV que era na época extremamente limitada (não existiam recursos de informática, hoje tão amplamente utilizados), os artistas eram livres para desenhar Capitão 7, por exemplo, voando, levando um veículo que pesa toneladas, enfim, colocando em prática seus super-poderes concedidos pelo alienígena.

Nos anos 80, Ayres Campos criou uma empresa de fantasias de super-heróis para crianças com o nome de Capitão 7, o personagem chegou a ganhar uma revista promocional distribuída como brinde na compra das roupas.
 
Uniforme tradicional

Álbum que trará equipe de super-heróis nacionais começa dia 15 de fevereiro processo para captar fundos e se tornar realidade.

O álbum Alfa - A Primeira Ordem vem causando furor nas redes sociais desde que foi anunciado, em meados de 2016. Finalmente, o projeto começa a tomar forma e inicia a captação de recursos para se tornar realidade no site Catarse. A estratégia do roteirista Elenildo Lopes e sua equipe técnica era despertar a curiosidade dos leitores para só então solicitar o apoio.

Os interessados podem acessar e escolher a melhor opção de apoio, com uma série de brindes diferenciados, tais como revista autografada, pôsteres e artes exclusivas, revistas impressas e digitais dos heróis da liga. A meta é de R$ 20 mil (vinte mil reais) e o prazo vai até o dia 21 de abril. Caso consiga o montante desejado, a previsão de lançamento do álbum é em agosto de 2017.

Lopes destaca que houve uma pequena mudança com relação à sua ideia original: "O plano era fazer apenas uma edição, mas como isso exigiria um valor maior, decidimos dividir o projeto em duas partes, para não onerar demais os colaboradores. Assim, todo mundo pode colaborar com um valor menor", explica. "Mas claro que, se atingirmos um valor superior à meta, a ideia é aumentar as páginas da revista ou, quem sabe, já nem lançar a campanha para o segundo volume".

O roteirista, que também é criador do herói brasileiro Capitão R.E.D. em 2012, acaba de ser premiado pelo álbum Protocolo: A Ordem, lançado em 2016. A HQ recebeu o troféu Ângelo Agostini - prêmio dado anualmente aos destaques dos quadrinhos brasileiros, em comemoração ao Dia do Quadrinho Nacional, celebrado em 30 de janeiro - na categoria "Melhor Lançamento Independente". "Este prêmio é de vocês, que colaboraram para que este sonho se tornasse realidade", declarou Lopes, em sua página no Facebook, oferecendo o troféu aos colaboradores do Catarse.

Alfa - A Primeira Ordem - Parte 1terá 52 páginas, totalmente em cores, e retoma os eventos de onde a história anterior parou. Um enorme caos se instalou no País após a invasão alienígena e os heróis como Capitão R.E.D., Lagarto Negro, Jaguara, Jou Ventania e Velta procuram soluções e respostas para apresentar à população. Ao mesmo tempo, o vilão Aeris, um antigo inimigo de heróis como Capitão 7, Capitão Gralha, Flama, Raio Negro e Homem-Lua, ameaça ressurgir em nossos dias, obrigando a união dos clássicos personagens com a equipe atual, formando a liga ALFA - A Primeira Ordem.

Além de trazer a união de mais de 20 super-heróis 100% nacionais, Alfa - A Primeira Ordem resgata a memória de super-heróis clássicos que estão sumidos do mercado há vários anos, como Capitão 7 (criado em 1954 para a RecordTV) e Raio Negro, entre outros. É uma forma de regatar esses personagens, que são patrimônio de nossa cultura e apresentá-los às novas gerações. 

O projeto contará com roteiros do experiente Gian Danton - autor de A Família Titã e Como Escrever Quadrinhos, entre outras obras - e arte de Márcio Abreu, profissional que trabalha com editoras como DynamiteEntertainment e ZenescopeEntertainment. As cores ficam a cargo de Vinícius Townsend, que também já trabalhou para a DynamiteEntertainment. A peças de marketing criada pelo desenhista Pedro Lucas, e apoio do roteirista Lincoln Nery na divulgação.

Lembrando, amigos que saiu aquele pacote se quiser aproveitar pra investir na divulgação do seu personagem na Alfa. Pacote Seu Super-Herói na revista ALFA - A Primeira Ordem + 1 Revista ALFA - A Primeira Ordem Impressa + Nome nos agradecimentos + Frete incluso para todo o Brasil. 205,00 pode dividir no cartão.  - 


@MeuHeroi