O Pantera Negra é um filme de qualidade que atende o "padrão marvel" de filmes, mas já deu para perceber em Guerra Civil que o pantera é um dos personagens que vão continuar as próximas fases da marvel e será um dos lideres da nova geração, inclusive tento diversos destaques, nesse filme tocam bastante profundamente na politica, religião e sociedade africana do universo Marvel, incluindo o fato de que Wakanda nunca ajudou as outras nações africanas por considerar elas inferior os Wakandanos, uma coisa que sempre foi marcante dos quadrinhos e uma critica a sociedade quase utópica deles, algo que o novo pantera quer mudar, já que seu pai e todos os panteras anteriores assim como o corpo de governo de Wakanda quer que a nação continue isolada e sem saber de seu protetor.

Andy Serkis consegue entregar um Ulysses Klaue bastante fiel aos quadrinhos e o que foi apresentado antes dele em a Era de Ultron, porém, ele é apenas um instrumento narrativo que serve para desencadear ações muito maiores e é um peão nas mãos do vilão Killmonger (que teve seu nome original mudado por ser considerado "ofensivo") vivido por Michael B. Jordan é um personagem que possui profundidade, as motivações dele são totalmente compreensíveis, porém são bem extremistas, e ele usa isso a favor para executar os seus planos. Ele acha errado que a nação de Wakanda se isolou do resto do mundo e não ofereceu sequer nenhuma ajuda para  as outras nações africanas em nenhum momento da historia.

 Chadwick Boseman entrega uma atuação poderosa digna do personagem T’Challa, se impõe como um verdadeiro rei, e mostra que no final do filme ele é uma outra pessoa, um rei bem mais amadurecido do que era no início.

O filme não é nenhum marco mas se destaca por tentar se aprofundar acima do "padrão marvel" e tem um personagem com um universo próprio rico o suficiente para fazer isso.

Nota 8,5