Primeiro review do ano: Odisséia Cósmica
Darkseid deseja mais
que tudo a equação anti-vida. Após sucessivas falhas em
conseguí-la, o ditador percebe que o novo deus Metron (aquele que dá
o fogo aos humanos primitivos na Crise Final, caso se lembre) está
prestes a tê-la em suas mãos, por puro conhecimento científico.
Quando a consegue, Darkseid surge para roubá-la. Entretanto, o que o
déspota descobre é uma ameaça tão grande que o obriga a buscar
ajuda entre seus maiores inimigos: os Novos Deuses e os super-heróis
da Terra.
Foi publicada em 1988,
mas é tão atual que parece que foi ontem. O roteiro de Jim Starlin
é ousado em atribuir humanidade aos personagens da DC Comics. Órion
é preconceituoso, racista. Superman é bondoso mas se ira ao ver um
massacre. John Stewart, o Lanterna Verde, sofre com as consequências
de suas ações. Tudo tem peso para os heróis, mas sem ser pesado
para o leitor. E o melhor, dentro da proposta simples e linear, a história ainda tem surpresas que te fazem soltar um "caraca!" de vez em quando.
Mike Mignola arrasa
universos com seus traços únicos, estilizados mas com proporções
humanas e dinamismo. O desenho está vivo! Há algumas diferenças em
relação a seus trabalhos mais recentes, como em Hellboy, a forma
como desenha os olhos, por exemplo. Mas o trabalho esatá incrível,
eu realmente sou fã da arte desse cara! As cores não parecem ter
sido feitas em algum computador, elas tem cara de marcador (tipo
Copic), o que dá a essa HQ aquele charme único que só os
quadrinhos um pouco mais antigos tem e, bom, de fato, este é da
década de 80.
Odisséia Cósmica, com
suas quase 200 páginas de história, me rendeu um bom tempo de
leitura como não tinha há muito tempo. È uma dica de uma boa HQ,
como há muito tempo não se faz, com direito a ideias mirabolantes
da melhor qualidade e conceitos científicos atuais.
Nota 10/10, fácil.
Feliz Ano Novo!
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