Plágio, repetição e homenagem, até quando os animes se repetem?

“Nada se cria, tudo se copia”, esse é um ditado recorrente no entretenimento mundial. Sabe-se de grandes nomes do cinema que bebem nas fontes que já foram usadas anteriormente, e porque não, reverenciam os trabalhos de outros autores. Diretores como Tarantino e mesmo nosso (incrível) J.J Abrams usam e abusam da oportunidade de referenciar e copiar não só histórias mas também recursos de roteiro que já conhecemos muito bem.
Por obvio existem grandes arquétipos que são difíceis de se evitar, como é o caso da conhecida jornada do Herói (Matrix, Harry Potter, Star Wars, Jogos Vorazes) ou mesmo a utilização de signos  clássicos como a contagem regressiva para gerar sensação de urgência nos ouvintes/espectadores.




A mídia japonesa apesar de se distanciar um pouco dos parâmetros ocidentais, tanto na forma de roteiro quanto nas próprias definições de ação, drama e terror, vem passando por uma sequência clara de arquétipos repetidos que não podem ser ignorados.
A verdadeira questão é, quando se acha uma formula de sucesso para compor uma história sem dúvida as pessoas vão querer repetir, copiar, utilizar e ganhar mais dinheiro com isso, mas até quando isso é suportável?
Para exemplificar, vejamos dois animes:
O primeiro e mais antigo deles, é o EXCELENTE Dogs, (Dogs: Bullets & Carnage, Dogs: Stray Dogs Howling in the Dark ou Prelude a depender da tradução e da mídia), publicado em mangá no ano de 2001, com várias sequencias e em 2009 com quatro episódios introdutórios feitos na mídia animada para promover o próprio manga.


Num desses episódios nos é apresentado Heine Rammsteiner, um personagem que tem aparência albina, e devido a uma mutação e/ou experiências em seu corpo acaba se tornando imortal. Ele aparentemente tem certo gosto por roupas chamativas, usa piercings e rebites, e nesse mesmo episódios tem um envolvimento afetivo com uma garota jovem, loira, pura e que tem asas.


O segundo exemplo é um dos anime/mangá de grande sucesso, Nanatsu no Taizai (The Seven Deadly Sins) que teve mais de 10 milhões de cópias vendidas em 2015, e tendo grande visualização no seu anime e chegando a estar disponível na Netflix BR (aceitamos patrocínio).


Nesse anime são introduzidos sete cavaleiros conhecidos como os sete pecados e sem nem tocar no detalhe que os homúnculos de FMA eram os 7 pecados, podemos ver uma “coincidência” muito maior.
O cavaleiro que representa a Avareza é Ban, um personagem de cabelos brancos, pele clara, olhos vermelhos, aparência magra, gosto por roupas extravagantes e cheias de rebite, imortal e que logo nos seus primeiros episódios tem um envolvimento afetivo com uma jovem garota loira, pura e que voa!



Nesse momento não tenham dúvida, Tite Kubo, Kurumada e Yoshihiro Togashi estão dançando ciranda comemorando essas referencias tão escondidas e nada evidentes.

O fato é, a mídia japonesa está sofrendo com plágios e auto repetições de roteiro (Dragon Ball que o diga) e isso não é segredo algum, mas a pouco tempo o público vem tomando consciência e criticando esses fatos.
E vocês, conhecem outras “coincidências” entre animes, mangas e filmes?